A gaúcha Samantha Borges, 30 anos, nascida em Ijuí, faz doutorado em literatura na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A jornalista foi para Paris, no começo deste ano, para fazer o estágio do doutorado, na Sorbonne Nouvelle Paris. Ela conta que, na sexta-feira, antes do início dos atentados, iria sair com os amigos. Em cima da hora, eles desistiram de sair.
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Acabamos decidindo não ir, o que foi muita sorte, pois estaríamos muito próximos do local e certamente teríamos dificuldade de voltar para casa.Ela ficou sabendo dos atentados por causa da família, que começou a enviar mensagens para saber se ela estava bem. Foi aí que ligou a televisão e ficou acompanhando as notícias. Nesta hora, as autoridades haviam contabilizado 18 mortos.
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Fiquei apavorada. Moro perto de um hospital e não parava de passar ambulâncias. E aos poucos foram noticiando que tudo acontecia em lugares diferentes, então, a sensação era de que poderia acontecer por perto e a qualquer momento. Também me preocupei com meus amigos e comecei a entrar em contato com todos explica a jornalista.Rodrigo Lopes: o tour do terror em Paris
Segundo Samantha, a sensação na capital francesa é uma mistura de medo e apreensão. Ela relata que, a partir desta segunda-feira, as pessoas devem retomar as atividades normalmente, mas acredita que o clima de tensão ainda deve durar por um tempo: As pessoas têm medo porque agora qualquer um pode ser alvo, não é mais como nos atentados de janeiro, um lugar específico, um alvo específico. Pode ser na rua, no café, em qualquer lugar comenta Samantha.